Considerados por uns como uma simples coincidência , outros suspeitam que, por eles terem os sentidos mais aguçados que os do ser humano, são capazes de captar vibrações e mudanças na pressão do ar, percebendo até as primeiras ondas que vêm do centro da terra e por isso fogem, buscando encontrar um local que ofereça segurança.
De toda maneira, um fato é certo: os animais sabem o que vai acontecer antes de nós. As pesquisas sobre o comportamento animal merecem ser aprimoradas, buscando uma forma de permitir que os seres humanos aproveitem os alertas dos animais perante as manifestações da natureza.
O histórico de catástrofes ambientais anunciadas pelos animais é muito antigo. Existem relatos de testemunhas que viram aves e outros bichos migrando antes do surgimento de terremotos, maremotos e erupções vulcânicas.
Oficialmente, o interesse pelo tema teve início em 1975, quando os funcionários da cidade chinesa de Haicheng foram surpreendidos pelo comportamento anormal dos animais e resolveram evacuar a cidade de 90 mil habitantes. Pouco depois um terremoto de escala 7,3 atingiu a cidade destruindo 90% dos edifícios.
Especialistas em sismologia em Nanning, província de Guangxi, decidiram usar cobras para prever abalos sísmicos. Monitoram, 24 horas por dia, um conjunto de cobras e ninhos delas, com o intuito de prever terremotos. Eles acreditam que as cobras podem sentir a libertação de energia que dá origem aos tremores de terra cerca de 120 horas antes de serem registrados pelos sismógrafos e de humanos sentirem o chão a tremer debaixo dos pés.
Em 1755, o filósofo alemão Immanuel Kant observou uma multidão de minhocas saindo do subsolo perto de Cadiz, sul da Espanha, oito dias antes do “desastre de Lisboa” atingir Portugal, provocando o grande terremoto.
No dia 25 de junho de 1966, os moradores de Parkfield, na Califórnia, Estados Unidos, foram invadidos por cobras cascavéis. Eles não entendiam por que os répteis fugiram das colinas. A resposta chegou dois dias depois quando a área foi atingida por um terremoto.
No dia 22 de fevereiro de 1999, pequenos antílopes fugiram da região montanhosa austríaca do Tyrol para os vales, algo que não costumavam fazer. No dia seguinte, uma avalanche devastou a vila austríaca de Galtur no Tyrol, matando dezenas de pessoas.
Em 28 de fevereiro de 2001, um grupo numeroso de gatos se escondeu, sem motivo aparente, 12 horas antes de um terremoto que atingiu a área de Seattle. Uma ou duas horas antes, outros animais se comportaram de forma ansiosa , enquanto alguns cães latiram de forma desesperada, assim como cabritos e outros animais demonstraram sinais de medo antes de o terremoto chegar.
No dia 26 de dezembro 2004 ocorreu um tsunami no Oceano Índico, contando mais de 285 mil vítimas fatais. Ondas gigantescas entraram até 3,5 quilômetros terra adentro na maior reserva ecológica da ilha, onde existem milhares de animais. As aves domésticas, galinhas e patos, principalmente, subiram para árvores ou lugares altos, mas ninguém pareceu perceber o drama que se iria abater sobre as populações costeiras dos países que sofreram esta catástrofe.
Vários turistas se afogaram na reserva ecológica, mas, para surpresa das autoridades, não foi encontrado nenhum animal morto. As autoridades que cuidam da fauna no Sri Lanka informaram que, apesar da perda de milhares de vidas humanas no maremoto que atingiu o sul da Ásia, não houve registro de mortes entre animais na reserva e que o número de animais mortos na região, foi infimamente menor que o das pessoas.
Pouco antes de ocorrer a grande tragédia que abalou o Haiti , no dia 12 de janeiro de 2009, o cão chamado K9 , que estava sossegado, deitado no meio de um escritório, manifestou de repente um forte desejo de fuga do local, como se tivesse captado um sinal de alerta. Segundos depois começou o tremor e pessoas correndo em busca de saída. O fato, relatado numa matéria recente do Daily Mail, divulga um vídeo que registrou o momento exato em que este cão labrador sai em disparada momentos antes de um tremor e, na sequência, as coisas começando a cair por todos os lados.
O veterinário PhD Robert Eckstein, estudioso do comportamento animal no departamento de biologia da Warren Wilson College, em Asheville, Estados Unidos, afirma: “eles sentem aspectos do mundo real que nós não temos conhecimento.”
Fonte: O Radical
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