Muita gente acredita que a risada é uma expressão emocional que serve apenas para humanos. Há algumas décadas, o ganhador do Prêmio Nobel de fisiologia de 1973, Konrad Lorenz, sugeriu que os cães também são capazes de rir. Tudo isso pareceu claro a Lorenz quando convidava cachorros para brincar: “Eles abrem as mandíbulas, mostram a língua e a abertura da boca “quase de orelha a orelha”, dão a impressão de que estão rindo”, afirmou. Tudo isso seguido de um som produzido pela respiração rápida que se assemelha a “huh, huh”.
A pesquisadora de comportamento animal Patricia Simonet, da Sierra Nevada College, gravou com sua equipe o som dos cachorros rindo enquanto brincavam em um parque e testou o efeito da gravação com 15 filhotes. “Eles explodiam de alegria ao ouvir a gravação. Recentemente, ela ainda mostrou que esse som servia para acalmar os cães em um abrigo”, disse o professor de psicologia Stanley Coren, Ph.D. da Universidade de British Columbia, em seu blog Canto Canino, no site Psichology Today.
Coren testou o experimento como seus próprios cães. “Os primeiros efeitos foram quase nulos e não causaram mais que olhares dos cachorros. Precisei de muita consciência no monitoramento para pegar o som exato. O melhor para mim ”hhuh-hhah-hhuh-hhah”, com o “hhuh” feito com os lábios fechados e o “hhah” com a boca um pouco aberta e expressão de riso. O som tem de ser anasalado, sem efeito vocal nem vibração nas cordas vocais”, afirmou o psicólogo, que percebeu que os cães levantavam imediatamente e passavam a abanar o rabo ou se aproximavam dos tutores.
Segundo Coren, a estratégia pareceu realmente acalmar os cães nervosos, ansiosos e tímidos. Claro que o funcionamento da tática é idêntico como seria em humanos: se estão um pouco ansiosos, o humor é bem-vindo. Se a situação é de pânico, sua atitude pode ser vista como rir do estado emocional deles e até piorar as coisas.
Fonte: Terra
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