Profanação
Da coluna de Tulio Milman, jornalista, publicada no jornal Zero Hora, 24-03-2012, fonte http://www.ihu.unisinos.br/noticias/507827-profanacao Profanação 1Surpresa.A palavra define o sentimento do pároco Carlos Haas ao avistar um barulhento grupo de cerca de 15 pessoas entrando na Catedral Metropolitana durante a missa oficiada pelo arcebispo dom Dadeus Grings.De acordo com uma das participantes do Movimento Ocupa POA, que pediu para não ser identificada, o ato era uma homenagem aos indígenas que construíram o prédio.
Profanação 2A partir daí, fiéis e manifestantes, entre os quais dois indígenas do Acre, entoaram seus cantos ao mesmo tempo, estabelecendo uma espécie de disputa sonora.Procurado, Haas contou o que viu: “Eles subiram no altar e um deles chegou a se sentar na cadeira do arcebispo”.Em nenhum momento, dom Dadeus interrompeu a liturgia. Meia hora depois, o grupo foi embora.Profanação 3Carlos Haas, que é o pároco da Catedral, afirma: “Se eles tivessem nos pedido, abriríamos espaço para a conversa e o diálogo”.A integrante do movimento garante que o grupo pediu licença e que a intenção era realizar o ato em outro horário, mas que o prédio não estava aberto.******************************************************************
OCUPA PoA : MP é chamado a intervir
Ocupa PoA: MP é chamado a intervir
|
Manifestantes estão na Praça da Matriz desde 20 de dezembro Crédito: tarsila pereira / cp memória |
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) solicitará intervenção do Ministério Público (MP) para providenciar a retirada dos acampados na Praça da Matriz. Eles descumpriram a promessa de desocupar o ambiente de lazer público na quarta-feira, conforme acordo firmado com a Smam. Os acampados, integrantes do movimento Ocupa PoA, estão no local desde o dia 20 de dezembro, sob a justificativa de integrarem um movimento social global.Ontem, os ativistas não compareceram à reunião marcada no gabinete da Smam, com o secretário Luiz Fernando Záchia. "Alegaram que não tinham dinheiro para a passagem", relatou o secretário. Záchia afirmou que houve esforço pelo entendimento, mas diante do descumprimento das agendas, o MP e as autoridades municipais terão que tomar providências."O que está acontecendo pode ser tratado como uma rotina pela prefeitura. Eles não estão em condição diferente dos moradores de rua. Deverão ser abordados pela Assistência Social e encaminhados para albergues e casa de passagem, caso o problema seja falta de moradia", disse.O secretário do Meio Ambiente garantiu respeitar as expressões de protesto, mas defendeu a necessidade de reintegrar a praça, de valor histórico para a Capital, ao usufruto da comunidade.Segundo Záchia, nesses três meses de ocupação, a prefeitura recebeu dezenas de reclamações sobre a conduta dos manifestantes. "Fogo sobre a calçada, cordas nas árvores, roupas e dejetos sobre a vegetação. São atitudes socialmente reprováveis", avaliou o secretário.Fonte : Correio do Povo - 24/3/2012********************************************************************
Prefeitura irá solicitar desocupação da Praça da Matriz na segunda-feira
Movimento Ocupa Poa está acampado no Centro da Capital desde dezembro
Marcada para a tarde desta sexta-feira, a reunião entre a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) e representantes do movimento Ocupa Poa não ocorreu. O secretário Luiz Fernando Záchia lamentou a ausência do grupo no encontro, que tinha como objetivo buscar uma solução para a desocupação da Praça da Matriz, no Centro de Porto Alegre, onde está montado acampamento desde dezembro. Ele afirmou que irá acionar, na segunda-feira, apoio da Procuradoria Geral do Município (PGM) e pedir posicionamento do Ministério Público do Estado (MP/RS) para resolver o problema da ocupação o mais rápido possível.
Záchia salientou que a praça é pública e, por isso, os integrantes não podem permanecer no local por tempo indeterminado. Além disso, conforme ele, há reclamações de moradores e usuários, e impacto no patrimônio público e meio ambiente. Entre as irregularidades, estão fixação de barracas e realização de fogueiras no piso de pedra portuguesa, fixação de bandeiras e cartazes em árvores, sujeira e dificuldade de circulação na área.
O movimento Ocupa Poa informou, através de nota, que nunca formalizou acordo com a Smam ou qualquer outro órgão, que previsse a retirada do acampamento no dia 21 de março, como a Secretaria havia informado. O grupo afirmou ter recebido um bilhete convidando representantes para comparecerem ao gabinete do secretário, a fim de discutir a situação do acampamento, na tarde de hoje. Conforme eles, porém, é inviável destacar alguém para comparecer ao encontro, já que não há liderança.
Eles disseram, ainda, que não podem tratar de assuntos referentes aos rumos do Ocupa Poa em um ambiente externo ao acampamento, pois isto os colocaria em uma posição incoerente com seus princípios. O movimento reafirmou o compromisso de manter aberto o diálogo com a sociedade e convidou todos os interessados para comparecer à próxima assembleia, marcada para domingo às 18h.
Fonte: Camila Kila / Rádio Guaíba