Há temperamentos compatíveis ou não, entre famílias e cães. Quando o pretendente a adotante (tutor) for procurar aquele que será seu melhor amigo, deve atentar para o seguinte:
- todos os membros da família devem concordar com a adoção;
- avaliar que, será uma relação que pode estender-se a vinte anos;
- avaliar os custos envolvidos: vacinação, consultas com o veterinário, alimentação, etc.;
- ter disponibilidade de tempo: o cão precisa passear, brincar, receber carinho;
- adequação do espaço físico disponível;
- praticar a guarda responsável: a guarda responsável implica em suprir algumas condições: fornecer espaço adequado; higiene; castração; vacinar regularmente o animal (contra a raiva e outras doenças); proporcionar ao animal atividades físicas e momentos de interação com as outras pessoas da família, alertando que o animal só deve passear em vias públicas utilizando coleira e guia; não deixar o animal solto nas ruas; responsabilizar-se pela limpeza dos dejetos do animal; levar regularmente o animal ao médico veterinário. Atender a essas necessidades exige não só dedicação como também tempo;
- não escolha por impulso: visite algumas vezes o animal que escolher (em casos de animais de abrigos). O cão SRD é companheiro ideal para todo tipo de família. Os cães são um misto de genética, temperamento individual e influências ambientais.
De uma forma geral, para quem mora em apartamento, o ideal são os cães de pequeno porte e mais tranquilos. Para idosos, não são aconselháveis cães grandes: podem derrubar o tutor.
Se a pessoa mora sozinha, pode escolher ter dois cães – os cães, na natureza, vivem em matilhas, com regras sociais e hierárquicas muito claras – eles não gostam de viver sozinhos.
Conviver com cães é uma experiência prazerosa: oferecem companhia e amor, além de aceitarem seus tutores sem nenhum julgamento.
Escolher conviver com um animal é, antes de mais nada, ter sob sua responsabilidade uma vida.
Deve-se pesquisar as características do animal e entender que a convivência envolve deveres. Mas, conviver com animais, só traz benefícios para a saúde física e psicológica dos seres humanos.
Amar o animal, é tratá-lo com respeito, cuidar dele responsavelmente no âmbito de sua própria espécie: castrar, vermifugar, vacinar, telar janelas, levá-lo ao veterinário, passear, brincar, afagar, prover a limpeza dos dentes, banhos, escovar, cuidar da alimentação e, principalmente, jamais abandoná-lo sob nenhuma circunstância – ampará-lo na doença e na velhice.
Benefícios em conviver com animal:
- Aqueles que possuem animais domésticos, possuem oito vezes mais probabilidades de sobreviver um ano após um infarto. Um estudo realizado por Érika Friedman e Sue Thomas, 1995, identificou que, tutores de cães tinham sobrevida maior depois de um ataque do coração do que não tutores;
- Os animais diminuem o estresse, baixando a frequência cardíaca (um estudo na Austrália demonstrou os baixos níveis de fatores de risco para doenças cardiovasculares), a pressão arterial e o colesterol. O professor Warwik Anderson (1992) descobriu que os tutores de cães e gatos tinham taxas mais baixas de triglicérides e colesterol do que os não tutores;
- Quem possui animais faz menos visitas ao médico e permanece menos tempo no hospital (pesquisas médicas na Austrália);
- Os animais combatem a depressão e o isolamento, favorecendo a aproximação entre as pessoas;
- Estudos recentes apontam que crianças entre cinco e doze anos que têm animais, possuem mais sensibilidade e compreendem melhor os sentimentos de outras pessoas, têm mais empatia;
- O contato terapêutico que se estabelece quando se acaricia um animal e este devolve com uma lambida ou um afago de focinho, cria uma sensação de intimidade tranquilizadora;
- Os animais também estimulam exercícios físicos;
- E, o mais relevante: a importância de cuidar, amorosamente, de outra criatura.
Autoria : Martha Forllain
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