— Ele não sai daqui. Não aceita que chamem, não sai do lugar. Ele come olhando para os ônibus, fica ali o tempo todo. Mesmo quando chove, ele não procura abrigo — relata o monitor Aluísio Cruz de Almeida, 52 anos.
O animal é alimentado por funcionários da Fundação. A refeição, sempre no fim do dia, é degustada com a boca no pote e o olhar direcionado à rua.
— Ele come feito um condenado, mas não tira os olhos dos ônibus — afirma Aluísio.
O reduto do cão é uma lixeira laranja, posicionada perto da parada de ônibus. Alguns passageiros ainda tentam passar a mão nele, mas o bicho é arisco.
— Ele cheira, cheira, cheira... Quando o ônibus para, ele sai correndo e parece querer subir — conta a funcionária Maria Facchinelli. As atitudes do animal foram comparadas pelos funcionários da Fase às de um outro cão, que ficou conhecido pela sua lealdade. Entre as décadas de 1920 e 1930, um cachorro surpreendeu uma cidade e se tornou exemplo no Japão.
2 comentários:
As vezes fico pensando olhando para os meus cães, o quanto estes seres ditos irracionais tem a nos ensinar. Lealdade é uma delas.
Post comovente.
Abç
Auau, Tato!
Lealdade, amizade, ajuda recíproca, comunicação peculiar e tantas outras qualidades dos nossos cães e outras espécies, são desconsideradas por grande parte de humanos insensíveis e crueis que olham para os animais com indiferença, a quem considero os típicos representantes da falência dos valores morais humanos... a companhia de um animalzinho já é um feliz começo para aprender a evoluir!!!
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