O doutor Berkoff estudou espécies de vários lugares do planeta e concluiu que eles possuem um “senso de justiça nato”. Ele acabou de publicar o livro Wild Justice (“Justiça Selvagem”), onde escreve (numa tradução livre): “Assim como entre os humanos, as nuances morais de uma cultura ou grupo particulares diferem uns dos outros, mas certamente existem. Códigos morais são específicos de cada espécie, então podem ser difíceis de serem comparados com os humanos”.
Do ponto de vista científico, essas regras morais não são vistas como uma questão espiritual, mas comportamental. Lobos, por exemplo, precisam delas para não desintegrarem suas matilhas em uma carnificina generalizada. Machos dominantes eventualmente podem se mostrar submissos aos mais fracos para manter o equilíbrio social do grupo. Filhotes de coiotes que mordem seus parentes com muita força são reprovados e até expulsos da familia. Existe inclusive o caso de animais que ajudam outras espécies. Como os golfinhos que salvam humanos do afogamento, elefantes que auxiliam antílopes a escapar de “becos” sem saída.
E existe, claro, a infalível experiência sádica em laboratórios. Cientistas fizeram com que ratos do grupo 1 ganhassem comida caso provocassem choques em outros ratos do grupo 2. Descobriram que o grupo 1 se negou a comer se isso implicasse no sofrimento dos seus semelhantes.
Quanto ao código moral desses cientistas…
Autoria : Dagomir Marquezi
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