Porque, como seu porte não é suficiente para causar medo, eles têm que latir muito para impor sua presença. Um caso clássico de seleção natural : os cachorros pequenos que latiam mais se deram melhor. Os pastores de Shetland que mais latiam eram os mais valorizados na hora de tocar o rebanho. Já cães como os terriers, beagles e dachshunds, que eram usados como caçadores, tinham que fazer barulho para avisar ao caçador que haviam encontrado a presa. "Eles foram encorajados a latir e recompensados por isso. Está no seu DNA", diz Luelyn Jockymann, veterinária especializada em comportamento canino.Mas a genética sozinha não justifica gritaria exagerada, já que o comportamento do cão pode ser reforçado ou modificado pelo ambiente e pela criação. "Latidos em excesso têm a ver com a baixa socialização, pouca visibilidade do ambiente externo ou mesmo condicionamento na criação", diz a veterinária Rúbia Burnier. Ou seja, muitas vezes o problema está em viver em apartamento e não em ser pequeno. Para evitar dor de cabeça, o filhote deve ser acostumado a visitas e a outros estímulos ambientais entre a 7a. e a 12a. semana de vida. Depois disso, fica mais difícil segurar a mania de grandeza dos baixinhos.
Fonte: Superinteressante Ago/2008




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