Para a psicóloga Graziela C. Werba, pós doutora em Psicologia Social pela PUCRS, o que preocupa é o maltrato aos animais e não a capacidade de amá-los.
"Como psicóloga preocupo-me muito mais com quem maltrata os animais do que com quem é capaz de amá-los. É óbvio que o equilíbrio nas relações é um elemento fundamental mas, não creio que as pessoas que se dedicam aos animais deixem de se relacionar com outras pessoas por isso. A frivolidade é uma marca da hipermodernidade e não dos cuidadores de animais. A amorosidade humana não tem cotas, é inesgotável e não excludente. Portanto,vamos nos preocupar mais com quem não é capaz de expressar carinho".
Crueldade com animais é algo difícil de compreender para quem nutre tanto respeito e compaixão por bichos. O que leva uma pessoa a maltratar um animal? Falta de empatia é uma das razões.
"Toda a compreensão do ser humano deve ser cuidadosa e levar em conta uma série de condições materiais, objetivas e subjetivas relacionadas ao crescimento dessa pessoa. Não podemos esquecer que somos sujeitos únicos, históricos e em constante mudança. Entretanto, a psicologia nos mostra que pessoas que maltratam animais poderão ser portadoras de transtornos da conduta ou da personalidade. De acordo com o Manual diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM_IV, 1995, p.84): “agressão a pessoas e animais” é um dos critérios diagnósticos para o transtorno de personalidade Anti-Social. Trata-se de um padrão repetitivo e persistente de comportamento, no qual os direitos básicos dos outros, assim como normas sociais são desrespeitados. Quem maltrata animais carece entre qualidades, de empatia e, por isso, aumenta a possibilidade de que venha a maltratar uma pessoa".
Fonte : ClicRBS
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